quinta-feira, 22 de julho de 2010

Após oito meses de namoro, Adão, 71, e Santa, 80, oficializam casamento

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O casamento de Adão José de Amorin, 71, e Santa Fernandes, 80, lotou a capela da Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaan), emPorto Alegre, no Rio Grande do Sul. Cerca de 200 pessoas, entre familiares, moradores do asilo e curiosos pela história dos noivos, assistiram à celebração.

O casal se conheceu há oito meses, quando Santa se mudou para a instituição. A amizade com Adão, que já morava no local há dois anos e meio, não demorou a virar namoro e logo veio o casamento, com direito a vestido, véu e grinalda para ela, e terno elegante com flor na lapela para ele. E, claro, um caloroso beijo dos noivos.

O pedido de casamento dos sonhos não aconteceu logo de início. Num primeiro momento, apenas decidiram ficar juntos, porém, preocupados com a opinião dos amigos, foram perguntar ao presidente do asilo, Edegar Quintana, o que ele achava do assunto.

''Eu já sabia que os dois andavam sempre juntos, então desconfiava. Quando vieram aqui pedir para se casar, falei que íamos dar um jeito. Aliás, não há nada no regulamento interno que proíba”, garante Quintana.

Adão vive há 35 anos em Porto Alegre, onde trabalhou como servente de pedreiro. Foi levado à Spaan por uma irmã, dois anos e meio atrás. Divorciado, não tem filhos. Já Santa nasceu em Soledade e trabalhava como doméstica. Mudou-se para a capital com a família há três décadas. Viúva, ela tem duas filhas e quatro netos. Vivia com uma das filhas, que tinha medo de deixá-la sozinha e preferiu acomodá-la na instituição.

A rotina no asilo inclui terapia e aulas, além de um bingo de vez em quando, para se divertir. No alojamento, cada um morava em uma ponta. Agora a distância acabou. Foi providenciado um quarto para o casal ter mais privacidade.

Mesmo casados, Adão e Santa querem continuar morando na instituição. Quando perguntaram ao casal sobre a rapidez com que resolveram se casar, Santa segurou a mão de Adão e confessou: “Nem eu sei explicar. Não sonhava nunca na vida que eu fosse vir para cá, conhecer uma pessoa e me casar. Nunca, nunca, nunca, nem em sonho. Só pode ser destino”.

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