quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sindicato dos Aposentados diz que proposta do governo é retrocesso

ZERO HORA

Entidade promete levar a Brasília aposentados de todo o país no próximo dia 27

O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas divulgou nesta quarta-feira nota afirmando que a proposta de manutenção do aumento em 6,14% nos vencimentos dos aposentados, sugerida por setores do governo, seria um retrocesso nas negociações do reajuste.

— Não podemos admitir o retrocesso nas negociações sobre o reajuste dos aposentados e pensionistas, visto que representantes do governo já admitiram em público que o reajuste partiria do patamar de 7%. Aceitar 6,14%, como querem setores do governo, é ser injusto com quem dedicou sua vida à construção do país — diz o texto assinado pelo presidente da entidade, João Batista Inocentini, e pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

A Medida Provisória (MP) 475 reajustou os benefícios dos aposentados que recebem mais de um salário mínimo em 6,14 %, a partir de primeiro de janeiro, levando em conta a inflação do ano anterior mais 50 % do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, partidos de oposição e alguns partidos da base governista querem um reajuste maior para essas aposentadorias.

O sindicato promete que no próximo dia 27, quando está prevista a votação da MP , vai levar a Brasília aposentados de todo o país para sensibilizar os deputados.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Geração moderninha

O que fazem e o que pensam as pessoas que, hoje, passam dos 50 anos

Aquele senhor que passava as manhãs na praça jogando xadrez. Lembra? A vovó que adorava tricotar em frente à televisão. Manja? E os domingos cercados de netos por todos os lados? Vaga lembrança? Pois é. Os tempos são outros. Os jogos e passatempos, também. De forma bem diferente do que fizeram as gerações passadas, quem chega aos 50 anos, hoje, rejeita rótulos e regras. Adeptos à piercings, tatuagens e afins, essa nova leva de vovôs está cada vez mais, digamos, moderninha.

Não é só a internet que tem caracterizado o avanço desse público atualmente. Quem vive essa maturidade moderna quer viagens, diversão e boa vida. A palavra de ordem é ação. Segundo a psicóloga e mestre em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) Mariele Correa, a terceira idade, hoje, agrega outras características ao envelhecimento. Sobretudo, a vitalidade.

“O idoso, hoje, começa a ser uma pessoa ativa, cada vez mais presente nos espaços públicos, detentor de um nível der renda razoável, garantido pela aposentadoria. As mulheres, maioria nessa faixa etária, também gozam de autonomia financeira. É o perfil dessa mulher o que mais sofreu modificações recentemente”, afirma a professora.

A pedagoga Nazaré Sady, 59 anos, hoje aposentada, tem exatamente o perfil ao qual a psicóloga se refere. Já percorreu o caminho de Santiago de Compostela,na Espanha, adora tomar banho de cachoeira, pratica Yoga e musculação e ainda quer mais, muito mais. Palavras dela, que sabe, exatamente, o ponto de mutação.

“Tudo começou logo após a minha separação, entrei para um curso de alpinismo e não parei mais. Faço ginástica, viajo todo ano para Europa onde minhas filhas moram, saio à noite para dançar e adoro receber os amigos para um bom vinho. Gosto de superar meus limites, e ainda tenho muitos pela frente. Ainda quero conhecer a África, o Tibet e a Índia”, conta ela.

O mundo está cheio de possibilidades. “Há uma série de importantes acontecimentos nos últimos anos que auxiliaram na quebra de vários preconceitos contra as pessoas de mais idade: hoje a terceira idade é um projeto de vida, a aposentadoria não se configura necessariamente como a morte do sujeito produtivo, o envelhecimento não é a derrocada da realização da sexualidade e diferentes possibilidades de se viver essa fase da vida se abrem para essas pessoas”, explica Correa.

A aceitação do resto do mundo ainda causa controvérsias e desconfortos. Mas, ninguém duvide que, aos olhos deles mesmos, quanto mais diferente, melhor. Tatuagens, piercings e outros apetrechos têm virado moda entre os mais maduros.

“Em 2006, resolvi inovar e aderi à tatuagem e ao piercing. Quando cheguei em casa, as filhas resolveram me crucificar, então eu disse à elas: Vocês tem ainda todo tempo de mundo para decidir como vão viver, o meu é agora. Ganhei um visual moderno, dinâmico e me enchi de energia. A mulher de hoje deve descobrir seu novo papel na sociedade e se reinventar. Abrir a janela da sua vida, redescobrir novos horizontes, sendo plena em tudo que fizer”, aconselha Sady.

Moderno ou convencional, não importa. A grande conquista da maturidade é o respeito às diferenças e escolhas de cada um.

"A beleza da vida está exatamente na multiplicidade, na diferença de jeitos de ser. A maior conquista da velhice hoje é essa: ser um campo aberto de experiências possíveis, seja vivendo no ambiente familiar ou religioso; ou rompendo preconceitos e estigmas; explorando a sexualidade ou vivendo a casta viuvez; aprendendo e aprimorando conhecimentos, enfim, cabe a cada um a escolha daquilo que lhe é aprazível e daquilo que se dá conta de viver, sempre respeitando a sua escolha e a do outro", finaliza a psicóloga.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Coluna, Frases & Personagens

“O fator previdenciário foi uma ‘sacanagem’ que fizeram com os aposentados. Também o achatamento salarial. Meu pai recebia cinco salários-mínimos, hoje recebe 2,5.” Beto Albuquerque, deputado federal/PSB.

JORNAL DO COMÉRCIO – PORTO ALEGRE

Beto Albuquerque defende que fundo dê autonomia aos idosos


CORREIO DO POVO ONLINE – PORTO ALEGRE

Legislação que institui benefício entrará em vigor a partir de janeiro de 2011

A legislação brasileira que institui o Fundo Nacional do Idoso entrará em vigor a partir de janeiro de 2011. Após a regulamentação, pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir, até o limite máximo de 1% do Imposto de Renda devido, doações feitas nos âmbitos nacional, estadual e municipal. Na manhã desta segunda-feira, durante plenária do Conselho Estadual do Idoso, na Assembleia Legislativa, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) – autor da proposta – destacou que o Fundo será gerenciado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. “Os recursos devem ser aplicados no financiamento de programas e ações que assegurem os direitos sociais do idoso”, frisou.

Beto defendeu ainda que as doações sejam aplicadas em mecanismos que criem condições para promover a autonomia, a integração e a participação efetiva dos idosos na sociedade. O Fundo será uma ferramenta eficaz para implementar políticas para os idosos.

“Agora, teremos meios para arrecadar recursos para essa parcela da população”, assinalou. Ele lembrou que foram necessários cinco anos para assegurar a aprovação do projeto. “Infelizmente, no Brasil as coisas que fazem o bem demoram mais do que as coisas que fazem o mal”, lamentou.

O Fundo Nacional do Idoso será constituído por recursos destinados ao Fundo Nacional de Assistência Social; contribuições a fundos controlados pelos conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso; recursos do Orçamento da União; contribuições e resultados de aplicações de governos e organismos estrangeiros e internacionais; e resultados de aplicações no mercado financeiro.

No entendimento do deputado, os recursos darão condições para que os abrigos assegurem o sustento de idosos. Também poderão financiar programas de inclusão social, de cultura e de proteção. “As entidades beneficiadas devem estar inseridas em um sistema organizado, com controle de qualidade a cargo dos conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos do idoso”, observou Beto.

O deputado ressaltou que o maior desafio durante a tramitação foi argumentar em defesa da renúncia fiscal. “Não haverá perdas. Estamos apenas ampliando a abrangência de uma renúncia que já existe, a do Fundo da Criança e do Adolescente”, afirmou.

A presidente do Conselho Estadual do Idoso, Eliane Blessmann, enfatizou que o Fundo dá legitimidade aos 130 conselhos municipais existentes no Rio Grande do Sul. “Sem dinheiro não se faz nada”, sentenciou. Ela lembrou que já tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre uma proposição do vereador Airto Ferronato (PSB) que autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo Municipal do Idoso.

De acordo com Ferronato, a iniciativa não acarretará nenhuma alteração na despesa do município, pois tem o cuidado apenas de redirecionar recursos que atualmente são destinados à Fundação de Assistência Social e Cidadania para aplicação em programas e ações relativos ao idoso.

“Após a aprovação do Estatuto do Idoso pelo Congresso, muitas conquistas foram alcançadas e outras reivindicações estimuladas para o público idoso”, justificou.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Beto Albuquerque detalha Lei 12.213 em reunião do Conselho Estadual do Idoso

Ao serem deduzidas do imposto de renda devido por pessoas físicas e jurídicas, em 1% ou 6% do valor, as doações de recursos aos fundos municipais, estaduais e nacional do idoso poderão sigfnificar um crescimento significativo da capacidade de ações de instituições voltadas a este fim.

A avaliação foi feita na manhã desta segunda-feira (12) durante encontro realizado pelo Conselho Estadual do Idoso no plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

Dezenas de representantes de conselhos ouviram atentamente às explicações do deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS), autor da Lei Nº 12.213/2010, que institui o Fundo Nacional do Idoso. Sancionada em 20 de janeiro deste ano pelo presidente Lula, a lei entra em vigor em janeiro do próximo ano depois de cinco anos de luta por sua aprovação.

“Infelizmente neste país as coisas boas demoram mais do que as ruins para serem concretizadas”, lamentou o deputado.

Beto afirmou que 2010 será importante por ser o ano em que será discutida a regulamentação da lei e organização dos conselhos para que a partir de janeiro as doações possam começar a ser recebidas dentro da nova norma. “Para receber a doação de recursos as instituições devem estar habilitadas e bem avaliadas pelos conselhos. Tudo deve ser feito dentro da maior transparência”, disse Beto lembrando tratar-se de recursos públicos.

O autor da lei que criou o Fundo Nacional do Idoso afirmou ainda se tratar de uma grandiosa ferramenta colocada nas mãos das instituições que cuidam dos idodos de nosso país. “Fizemos a lei, o texto foi sancionado e tem prazo para entrar em vigor. Nosso papel agora, como deputado federal, será o de manter uma boa relação com a Receita Federal para que a lei seja regulamentada e amplamente conhecida pela população”, disse.

O parlamentar alertou os conselhos para que se organizem o mais rápiudo possível afim de garantir esses recursos. Beto lembrou que sem dedução do imposto felizmentre já há muita gente doando, com a possibilidadede dedução o parlamentar está certo de que as doações aumenrarão muito mais.

Beto, que esclareceu todas as dúvidas dos participantes do encontro, coordenado pela presidente do Conselho Estadual do Idoso, Eliane Blessmann, destacou que instituições que trabalham para amenizar o sofrimento de idosos que não têm familiares para lhes dar um abraço ou um carinho merecem todo o apoio da sociedade.

Participaram do encontro representantes dos conselhos municipais e estadual, além de instituições de apoio a idosos.