O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) apoia a fala do deputado estadual Heitor Schuch (PSB) que criticou na tribuna da Assembléia Legislativa gaúcha a burocracia do Instituto de Previdência do Estado (IPE) para liberação de medicamentos a doentes. Schuch relatou a demora do auxílio do IPE no caso do ex-presidente do PSB, Luís Carlos de Césaro, que luta contra a leucemia desde o ano passado.
Desde abril deste ano ele passou a necessitar do medicamento Dacogem, pois a doença evoluiu para uma mielodisplasia. “As desculpas são sempre as mesmas e dia a dia nós assistimos absolutamente impotentes o descaso e a burocracia estatal ceifando vidas”, lamentou Schuch. A prescrição médica foi encaminhada ao IPE, juntamente com o diagnóstico, no dia 27 de abril. Desde lá, o processo é discutido e tramita pelos diversos setores do Instituto.
“Os setores responsáveis pedem laudos após laudos para que a médica responsável pelo paciente prove a necessidade real do está prescrevendo ao paciente. Com uma pequena dose de crueldade, o doente, ou cliente, como costuma ser tratado pela instituição, é o responsável por fazer pessoalmente todos os encaminhamentos para a tentativa de liberação do remédio. O próprio hospital não pode encaminhar a solicitação. O doente fica batendo de porta em porta, com a imunidade quase a zero, mendigando o medicamento que pode lhe salvar a vida. É desumano”, desabafou Schuch.
Ao saber do discurso de Schuch na Assembléia, Beto Albuquerque solidarizou-se e igualmente fez um apelo para que dirigentes do IPE e responsáveis pela política de saúde do Estado resolvam esta e outras situações semelhantes o quanto antes. Em fevereiro de 2009, Beto perdeu o filho Pietro vítima de leucemia mielóide aguda depois de 14 meses de luta contra a doença e, portanto, disse saber exatamente o sofrimento do companheiro de partido e de seus familiares na espera pelo medicamento.
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